SIMPLE

Incompatibilidade financeira: Como resolver?

31.03.2023
Outros

A maioria dos casais são "financeiramente incompatíveis". Ter uma conversa sobre dinheiro pode ajudar para evitar “infidelidades financeiras”.


Conversar sobre dinheiro com o seu parceiro pode ser uma dor de cabeça, em especial quando se têm formas de pensar distintas sobre o assunto. Um estudo da empresa fintech Bread Financial, publicado recentemente, concluiu que 64% dos casais admitem ser "financeiramente incompatíveis", porque têm filosofias diferentes sobre gastar, poupar e investir o dinheiro.

Estas diferenças podem mesmo levar algumas pessoas a cometer a chamada “infidelidade financeira”, escondendo contas ou compras do parceiro. Neste inquérito 45% dos inquiridos admitem ser culpados.

Mesmo que não se chegue ao extremo das mentiras, as questões financeiras são muitas vezes responsáveis por provocar tensão e conflitos na relação. Em alguns casos, pode mesmo chegar a ser motivo de divórcio.

Como em muitos outros problemas a comunicação pode ser a chave para ultrapassar obstáculos de modo a ajudar a construir uma relação mais forte. Ter uma conversa sobre dinheiro, independentemente da fase da relação, pode ser mais importante do que fundir as contas do casal ou seguir a opinião de apenas um dos elementos.

COMO CONVERSAR SOBRE DINHEIRO NO INÍCIO DA RELAÇÃO?

Os novos casais devem partilhar o estado das suas finanças individuais antes de chegarem a acordos sobre divisão de contas. A geração Z e os millennials entram mais em rota de colisão com o parceiro sobre as finanças do que os baby-boomers, embora possam falar mais sobre dinheiro. Mas como abordar o assunto se está no início da relação? Pode começar com uma simples pergunta sobre planos financeiros e falar também das suas perspetivas futuras.  Esta pode ser uma forma de abrir caminho para que possa referir ou descobrir que o parceiro tem um empréstimo estudantil ou dívida de cartão de crédito. Tente conversar numa hora e local tranquilo, onde possam estar concentrados, sem ser interrompidos. 

Outra questão importante para debater relaciona-se com a gestão das finanças. É importante combinar quem vai tratar de certas questões de dinheiro ou como vão dividir as despesas. Depois será também necessário decidir quem vai pagar o quê e se vão criar uma conta conjunta para o efeito.

E SE JÁ ESTIVER CASADO HÁ MUITO?

Os divórcios entre casais de longa duração podem resultar de uma menor abertura para conversar sobre as finanças ao longo do tempo. Por isso, é importante que pelo menos uma vez por ano revejam em conjunto o orçamento familiar e pensem na melhor forma de maximizar os recursos do casal. É importante que possam aproveitar os rendimentos combinados tenham ou não contas em conjunto. O equilíbrio entre pagar as despesas e construir poupanças é fundamental para a saúde financeira no casamento. Paguem-se em primeiro lugar a si próprios, transferindo contribuições regulares para uma conta poupança de modo a construir um fundo de emergência ou apostar num plano de reforma.

Façam também uma lista das despesas partilhadas, quanto custam e quanto cada parceiro contribuirá para as despesas, o que nem sempre é uma divisão fácil quando os rendimentos são desiguais.

Embora as compras e os gastos possam causar a maior controvérsia nas relações, o segundo assunto financeiro que causa mais conflitos para os "boomers" é a dívida de cartão de crédito, segundo o inquérito da Bread Financial.

Se estiver numa situação financeira complicada quanto mais cedo falar com um profissional financeiro melhor. Os intermediários de crédito da MaxFinance podem ajudar.

share